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Notícia

Motta tira PT da relatoria da LDO, e partido fica com texto da MP dos impostos

Por Raphael Di Cunto | Folhapress

Motta tira PT da relatoria da LDO, e partido fica com texto da MP dos impostos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), recuou de um acordo com o PT e escolheu o deputado Gervásio Maia (PSB-PB), como relator do projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.
 

Originalmente, o cargo deveria ficar com um petista, mas o centrão se insurgiu contra a escolha por entender que a LDO é o principal caminho para controlar o fluxo de liberação das emendas no ano eleitoral.
 

Como compensação, o PT terá a relatoria da MP (medida provisória) da alta de impostos elaborada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) como substituição ao decreto que elevava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O responsável por essa função deve ser o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
 

Um líder petista classificou a mudança como uma "ruptura combinada" e evitou falar em quebra de acordo. O entendimento é que, neste momento, será mais importante tentar aprovar parte da MP e garantir uma arrecadação extra do que assumir o comando da LDO. Além disso, Gervásio Maia é um aliado do presidente Lula (PT) —embora também seja muito próximo de Motta.
 

Como mostrou a Folha na semana ada, o centrão pressionava Motta a romper o acordo com o PT com o objetivo de aprovar regras que priorizem a execução das emendas parlamentares ao Orçamento, em detrimento dos investimentos do governo no ano eleitoral.
 

A LDO é aprovada anualmente e estabelece as diretrizes que precisam ser seguidas na elaboração e na execução do Orçamento. Em 2024, o Congresso tentou impor um calendário de execução das emendas, mas Lula vetou a iniciativa e só conseguiu fazer prevalecer sua posição com a promessa de apressar esses pagamentos.
 

Para 2026, ano da eleição, o Congresso quer acelerar o empenho e pagamento das emendas para prefeitos aliados antes das vedações do período eleitoral. Por isso, novamente discute estabelecer um calendário mais restritivo para o governo e forçar que os recursos destinados pelo Legislativo tenham prioridade de execução.
 

Um dos combustíveis para a pressão em torno da mudança de relator é o que os congressistas consideram uma demora neste ano na liberação das emendas.
 

Até agora, só cerca de R$ 60 milhões dos R$ 50,4 bilhões programados para o ano foram empenhados (o termo se refere à primeira fase da execução orçamentária, quando se reservam verbas para aquela despesa).
 

Ministros do governo Lula afirmam que o atraso ocorreu por culpa do próprio Congresso, que não aprovou a lei orçamentária em dezembro, e só concluiu a votação em março. Um desses auxiliares do presidente afirmou que o pagamento da verba será ampliado até o próximo fim de semana.
 

A Secretaria de Relações Institucionais do governo tem negado que exista um atraso e afirmou que o empenho teve inicio na última semana de maio. A pasta destaca que a liberação dos recursos estaria condizente com o mesmo período de tempo em anos anteriores.
 

Os congressistas também citam, nos bastidores, a ideia de usar a LDO para impor regras mais duras ao governo no manejo orçamentário, de forma a evitar manobras que busquem viabilizar projetos com objetivos eleitorais que tenham impacto nas contas do país.
 

O relator, que agora será do PSB, é o responsável por negociar com os demais parlamentares, com a sociedade e com o governo mudanças no projeto, que depois é submetido à votação. A LDO de 2026, por enquanto, tem 98 páginas, com 186 artigos, além de sete anexos. Muitas vezes, apenas o relator tem conhecimento de cada ponto alterado e dos motivos por trás dessas mudanças.